Quando o tema Smart City é o objeto de debate, muitas perguntas surgem, para algumas encontramos algumas respostas e exemplos, porém outras as respostas estão sendo entendidas ou em desenvolvimento. Dentro do conceito, uma coisa fica clara, Smart City é um tópico multidisciplinar que aborda diversos conhecimentos de engenharia, tecnologia da informação, infraestrutura, arquitetura, economia, política pública, entre outros muitos assuntos.
Na origem do nome, a ideia principal era optimização e automação das infraestruturas urbanas, com a introdução das tecnologias de comunicação e modernização das estruturas tradicionais de políticas publicas. Empresas como IBM, tinham grande interesse não disseminação do conceito, logo investiram com grande interesse no marketing dessa evolução.
O conceito de cidade inteligente não se limita somente à difusão de novas tecnologias, mas analisa as necessidades das pessoas e da comunidade: a tecnologia é a ferramenta, não o resultado. O conceito tem sido aplicado em diferentes domínios: físico e cultural. No domínio físico, temos construções; redes elétricas; recursos naturais; gerenciamento de água e desperdício; mobilidade e logística. No domínio cultural, temos educação; políticas inovadoras; inclusão social; modo de governar, entre outras práticas.
A seguir é apresentada uma lista das características de uma Smart City:
- Smart Governance: Transparência e abertura de dados, também inclusão da população nas tomadas de decisão;
- Smart Economy: Negócios e comércio digital, tecnologias de comunicação e informação possibilitando inovação, conglomerados inteligentes e sistemas ecológicos;
- Smart Mobility: Integração e suporte das logísticas e transporte por meio de tecnologias de comunicação e informação, opções autônomas e limpas de transporte, informação em tempo real, redução de custo e redução na emissão de CO2;
- Smart Evironment: Presença de redes elétricas inteligentes, geração distribuída, renováveis, monitoramento moderno, controle de poluição, construções "verdes", planejamento urbano, reciclagem, entre outros fatores;
- Smart People: Acesso na educação, recursos humanos, incentivo a criatividade e a inovação;
- Smart Living: Saúde universal, segurança pública apurada,qualidade de moradia, altos níveis de coesão social.
Existem diversos tipo de índices, classificações e metodologias para medir "nível de inteligência" de uma cidade, podemos citar algumas referências: "The EU Project Mapping the Smart Cities in Europe (2014): sample of European cities"; "The Intelligent Community Forum: Smart 21 Communities"; "The Global Power City Index"; "The University of Vienna"; entre outros importantes.
Dentro do contexto apresentado, a informação ganha um protagonismo inegável, com a difusão das técnologias, as cidades vão produzir toneladas de dados que vão alimentar uma base para retirada de informações imprescindíveis para funcionamento e desenvolvimento do meio urbano. Assim, tecnologias de Big Data são requeridas e são a chave para solucionar grandes desafios inerentes à essa nova realidade.
É possível dizer que um arranjo que traz a população como foco do debate, que apresenta a informação como protagonista, que consegue investir em desenvolvimento e pesquisa, por fim apresenta políticas públicas que valorizem o uso da tecnologia como solução para melhoria do espaço urbano, conseguirá abrigar os aspectos de uma Smart City.
Referências
Autor do Artigo: VM. Elisabet, "Smart Cities: myths and Realities" in INTERNATIONAL SUMMER SCHOOL “SMART GRIDS AND SMART CITIES” Barcelona, 6-8 June, 2017.
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